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sábado, 5 de outubro de 2024

Piraquara ganhará novo grande centro de peregrinação liderado pelo Padre Reginaldo Manzotti

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Piraquara está prestes a receber um novo grande centro de evangelização e peregrinação, liderado pelo padre Reginaldo Manzotti, um dos mais influentes líderes religiosos do país. O projeto, denominado “Terra Prometida”, foi oficialmente lançado no dia 28 de setembro pelo próprio padre Manzotti, durante a IX Festa de Jesus das Santas Chagas. Este será o primeiro grande centro de peregrinação do país em mais de quatro décadas, desde que o monsenhor Jonas Abib fundou um centro em Cachoeira Paulista, a Canção Nova, próximo a Aparecida, há 46 anos.


Padre Reginaldo Manzotti, que é o fundador da organização “Evangelizar é Preciso”, com sede em Curitiba (PR), revelou a conclusão da compra de um grande terreno para abrigar o ambicioso projeto. A “Terra Prometida” ficará em Piraquara, no Paraná, e surge como uma resposta à necessidade de um espaço maior para comportar o crescimento contínuo da obra de evangelização. Fundada há 20 anos, a organização tem se destacado pela grande abrangência de seus meios de comunicação, incluindo rádio, televisão e mídias sociais. O programa “Experiência de Deus”, transmitido em mais de 1,7 mil emissoras de rádio e TV em todo o Brasil, foi um dos grandes impulsionadores do sucesso da obra.

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Superando os desafios e adquirindo a Terra Prometida

Nas últimas semanas de setembro, o padre Manzotti e sua equipe realizaram intensas orações e missas para superar os desafios que estavam impedindo a posse do terreno, apelidados de “muralhas”. Com a fé fortalecida e apoio de seus seguidores, o contrato foi finalmente assinado nesta sexta-feira, garantindo a posse do local que será a “Terra Prometida” para os fiéis de todo o país.

Em um vídeo divulgado durante a missa e show na IX Festa de Jesus das Santas Chagas, na capela de Nossa Senhora de Guardalupe, padre Manzotti apresentou as primeiras imagens do terreno. O local é vasto e repleto de belezas naturais, incluindo nascentes, um rio e lagoas, que o tornam um espaço ideal para meditação, orações e retiros espirituais.


Obras já iniciadas e primeiros eventos previstos para este ano

O entusiasmo em torno do projeto é evidente, e o padre Manzotti fez questão de compartilhar que as obras de infraestrutura já começaram. Em um vídeo, ele mostrou uma máquina trabalhando para melhorar a estrada de terra que dá acesso ao terreno, enquanto outras áreas estão sendo preparadas com pedras para a instalação de uma tenda. Essa tenda será um espaço temporário, mas fundamental, para as primeiras missas e eventos, que deverão ocorrer ainda este ano.

A criação deste novo centro de peregrinação promete ser um marco na história da evangelização no Brasil, oferecendo um novo ponto de encontro para os fiéis, um local de oração e de reforço da fé, liderado por um dos padres mais queridos e seguidos no país. A “Terra Prometida” deve atrair milhares de peregrinos de todo o Brasil, reforçando o papel do país como um dos maiores centros de fé católica no mundo.

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Um legado de fé em expansão

Assim como o projeto de Cachoeira Paulista, fundado por monsenhor Jonas Abib, a “Terra Prometida” visa tornar-se um legado duradouro de evangelização. Com a liderança do padre Reginaldo Manzotti e o apoio crescente de seus seguidores, o novo centro não apenas atenderá às necessidades espirituais daqueles que já acompanham sua missão, mas também abrirá portas para que mais pessoas tenham experiências profundas de fé.

O padre Reginaldo Manzotti declarou estar extremamente grato pelo apoio de seus fiéis e entusiasmado com o futuro da “Terra Prometida”. O novo espaço, que já está sendo preparado, será o próximo grande marco de sua missão evangelizadora, reforçando o compromisso de levar a palavra de Deus a todos os cantos do Brasil.

Fonte:
Video Pe. Reginaldo Manzotti
Texto: PiraNot Jornal por Júnior Cardoso 28 de setembro de 2024

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terça-feira, 23 de maio de 2023

Terreiros de Piraquara e Curitiba são vítimas de Intolerância Religiosa

Duas casas de cultos de religiões de matriz africana foram alvo de atentados na última sexta-feira (19) em Curitiba e na Região Metropolitana. Um dos ataques foi contra a Casa Espiritual Sete Caminhos de Luz, na Cidade Industrial (CIC) e o outro atingiu a Casa Terreiro de Umbanda Tia Maria, em Piraquara. Os líderes espirituais de cada uma das casas afirmam que trata-se de crime de racismo religioso. No entanto, tanto a Polícia Civil como a Militar registraram os crimes como dano ao patrimônio.

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Segundo  o Pai Wilson de Ogum, líder da Casa Espiritual Sete Caminhos de Luz, no CIC, o espaço foi totalmente destruído. “Tem portões e portas com cadeados e tudo o que nós tínhamos ali dentro foi destruído, com altar dos santos, o canto dos orixás, a parte dos atabaques e até os bancos que nós tínhamos foram todos queimados. Temos cortinas que separam os espaços e foi tudo queimado. Ainda existe a entrada ali no barracão, onde tratamos das nossas almas, também foi destruído,” relata.

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Wilson afirma que o suspeito de cometer o crime foi preso, mas após assinar o termo circunstanciado, logo após foi solto, sabia o que estava fazendo. “A pessoa entrou ciente do que estava fazendo. Tudo o que tínhamos ali foi destruído. Ele nos destruiu, mas não chegou a abalar a nossa fé. O que a gente quer é que ele pague o crime de racismo religioso,” diz.

Já na Casa de Terreiro de Umbanda Tia Maria, em Piraquara, a agressão aconteceu durante a ritualística. “Nosso terreiro foi apedrejado durante a ritualística no dia 19 de maio, na última sexta feira. Assim que começou a gira, nós escutamos alguns barulhos de pedras sendo jogadas no exaustor externo da casa, além de ouvirmos em cima do telhado. Algumas pedras chegaram acertar minha perna. Isso foi lá por 20h da noite,” conta a Mãe Adriana de Iansã.

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Adriana diz que esta agressão faz parte de um violência institucional contra as religiões de matriz africana. “Tudo isso foi apavorante. Como se não bastassem as tensões impostas pelas estruturas sociais que chegou a configurar um imaginário de que os terreiros podem ser atacados. Cada vez mais parece ser importante que a gente precisa reconhecer que esse mal que nos aflige não é tão pequeno, é institucional. Não é uma pessoa isolada, é isso maior, são estruturas históricas que legitimam essas agressões, “ comenta.

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Crime de racismo religioso

 A advogada Carolina Crozeta que acompanha os dois casos informou que para o terreiro do CIC, foi feito boletim de ocorrência na Polícia Militar. A Policia Militar foi até o local, identificou a autoria do crime, foi feito um termo circunstanciado  e a pessoa já foi solta. Já em Piraquara, o boletim de ocorrência foi feita na Polícia Civil que colocou o caso em investigação.

“O crime cometido nas duas casas foi o de intolerância religiosa e eu até prefiro chamar de racismo religioso porque a religião de matriz africana não sofre esses ataques por ser uma religião de minorias, mas sim  por ser uma religião de gente preta. O templo no CIC foi todo quebrado e destruído. O que tinha de móveis de madeira e tecido foram queimados,” conta

Mas, segundo informou a advogada, a PM disse a ela que não poderiam registrar como crime de racismo religioso, porque só podem fazer o que foi averiguado no local, que na visão deles é crime contra patrimônio.

“Uma coisa muito importante que temos que ver nesses casos é que enquanto não fizer doer nos bolsos dessa gente que pratica este tipo de crime, isso nunca vi parar,” comenta Carolina

O Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana (FPRMA) acompanha as denúncias e emitiu nota de repúdio nesta segunda-feira. “Nossos atabaques não podem ser silenciados! É preciso um basta a todas estas formas de agressão, de intolerância, de racismo e de preconceito!”, diz o trecho final da nota.

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O que dizem a Polícia Militar e Civil

A reportagem pediu informações à Polícia Civil sobre as investigações acerca dos ataques. De acordo com a assessoria, o atentado ocorrido em Piraquara está sendo investigado. 

Quanto ao ataque à Casa Terreiro Sete Caminhos de Luz, na CIC, a  Polícia Militar não retornou contato com a redação até o fechamento da matéria. 

Fonte: Brasil de Fato Ana Carolina Caldas Paraná | 23 de Maio de 2023 às 10:45 

Edição: Frédi Vasconcelos