As placas de veículos com o padrão Mercosul passaram a ser obrigatórias em todo o Brasil no dia 31 de janeiro 2020. Anunciada em 2014, no governo de Dilma Rousseff, a medida já é utilizada há mais de dois anos no país: a estreia foi em setembro de 2018, no Rio de Janeiro, com a intenção de dar mais segurança a condutores e veículos.
Além de unificar os modelos de placas dos países do bloco – Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela –, a mudança foca no aumento da frota de veículos no Brasil e permite mais de 450 milhões de combinações, 160% mais que o modelo anterior.
Diferentemente do sistema antigo, o novo padrão possui fundo branco, com o tipo de veículo identificado pela cor da fonte, e quatro letras e três números (a antiga era cinza e tinha três letras e quatro números). Há também uma tarja superior azul, com a bandeira e o nome do país onde o veículo está registrado e um QR code, no canto superior esquerdo.
Todo mundo precisa trocar a placa?
Não. A instalação do novo modelo de placa é obrigatória apenas no emplacamento de carros novos (registro de veículos 0 km), mudanças de cidade ou estado, roubo, furto, dano ou extravio da placa antiga.
Motoristas que não se adequam a esses casos não precisam mudar a chapa do veículo. Caso queiram, haverá a substituição automática do segundo caractere numérico do modelo anterior por uma letra.
Diferenças em relação às placas antigas
As novas placas têm três letras seguidas, um número, uma letra e mais dois números. Exemplo: ABC 1D23. O fundo das placas agora é sempre branco, o que muda é a cor das letras e números, com o seguinte critério:
Para quem trocar a placa atual do veículo, o segundo algarismo será substituído por uma letra. Exemplo: ABC 1234 passa a ser ABC 1C34 (substituiu o “2” pelo “C”). Isso porque a cada segundo número da placa antiga corresponderá uma letra, seguindo o critério:
Como regularizar a placa
No caso do primeiro emplacamento, é preciso tirar o CRV (Certificado de Registro de Veículo), documento emitido pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) com a numeração de placa nos padrões Mercosul. Uma vez registrado o veículo, o CRV será expedido, o que permitirá o emplacamento e a concessão do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), documento de porte obrigatório.
Documentação necessária para solicitar as novas placas
Documento de Identificação (original e cópia);
CPF (original e cópia);
Comprovante de endereço ou domicílio (original e cópia) idêntico ao constante na nota fiscal;
Primeira via da Nota Fiscal;
Decalque do Chassi colado na Nota Fiscal (procedimento realizado pela concessionária ou na Central de vistoria do DETRAN).
Pessoa jurídica
Sociedade Anônima – Estatuto e Ata;
Contrato Social devidamente registrado na JUCEB (cópia autenticada);
CNPJ impresso do site da Receita Federal expedido até 30 dias;
Documento de Identificação e CPF dos sócios (cópia).
Procuração pública com fins específicos, com firma reconhecida e, se for firma reconhecida em outro estado, reconhecer sinal público do tabelião;
Documento de Identificação e CPF do procurador (original e cópia) e documento de identificação e CPF do outorgante (cópia autenticada).
Onde encontrar a nova placa?
As placas são vendidas pelas estampadoras diretamente ao consumidor. Cabe ao órgão informar ao proprietário do veículo as empresas credenciadas. O Detran-Pr disponibiliza a relação das empresas credenciadas como estampadoras de placas PIV (padrão Mercosul) que atendem em todo o Estado do Paraná.
Caso o município não tenha empresa de estampagem, e o veículo for novo, o condutor pode solicitar a licença especial no Detran para realizar o deslocamento do município até onde será feita a instalação da placa.
Ficou mais caro?
Não existe um preço padrão para a instalação dos novos modelos, mas o Detran pode determinar um valor máximo.
Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro mencionou que a retirada de elementos de segurança evitou que o novo padrão de identificação de veículos custasse “o dobro” do preço da placa cinza.
“Nosso governo, visando não trazer prejuízo para os proprietários, fez alterações na nova placa. Retiramos a exigência de chips e dispositivos refletivos, por exemplo”, escreveu Bolsonaro, destacando também que “as primeiras tratativas” para unificar os modelos de placas começaram durante o governo Lula e sua criação ocorreu em 2014, quando Dilma Rousseff era a presidente.
Para que serve o QR code?
Os antigos lacres foram substituídos por um código QR (espécie de código de barras), que pode ser lido pela câmera de smartphone. Ao ser escaneado, ele fornece informações sobre o veículo, como modelo, ano de fabricação e chassi (identidade do carro) e, de acordo com o governo, pode rastreá-lo.
Ou seja, as autoridades de trânsito podem acessar instantaneamente dados do veículo e verificar se há alguma clonagem.
CBN Brasil
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