Foi presa novamente nesta quinta-feira (10), a suspeita de tráfico de drogas Camila Marodin, conhecida como ‘Trafigata’. A mulher teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por descumprir as medidas que possibilitavam que ela estivesse fora da cadeia, em prisão domiciliar, sendo monitorada por tornozeleira eletrônica.
Conforme a Justiça, Camila estava a cerca de seis quilômetros do local onde deveria estar cumprindo prisão domiciliar, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. No momento em que foi detida pela Polícia Militar em uma residência, a ‘Trafigata’ argumentou que a situação da tornozeleira estava regularizada.
Segundo a decisão pela prisão preventiva, a suspeita teve seis violações de área de monitoramento, sendo que em uma situação ficou quatro dias fora do local. Além disso, ela teve nove violações de fim de bateria da tornozeleira, em um dos casos ficando quatro horas sem carregar o dispositivo.
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Atentado contra ‘Trafigata’
No dia 1º de fevereiro, Camila Marodin sofreu um atentado quando chegava na casa onde estava morando, em Curitiba. Câmeras de segurança flagraram o momento em que atiradores disparam pelo menos 20 vezes contra ela e um amigo, Paulo Sérgio Veiga de Almeida, de 25 anos. O homem foi baleado e precisou ser encaminhado para o hospital.
Primeira prisão
Camila passou a ser conhecida como ‘Trafigata’ depois que seu marido, Ricardo Marodin, foi executado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e ela foi presa apontada como uma das líderes da organização criminosa chefiada pelo esposo.
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Paulo foi um dos detidos junto com Camila em novembro de 2021, em Matinhos, no litoral do Paraná. Na ocasião, a mulher passou a responder pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, devido a cerca de R$ 1,3 milhão encontrados em sua conta bancária. Camila negou qualquer envolvimento com a criminalidade e, após 40 dias, deixou a cadeia para cumprir prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica.
Operação Ostentação
A Justiça autorizou o bloqueio do dinheiro que estava na conta de Camila, além de 13 imóveis – avaliados, ao todo, em R$ 3 milhões – que estavam no nome de laranjas, mas que a polícia suspeita de que sejam de posse da quadrilha, entre eles imóveis de alto padrão. Mais cinco carros de luxo – dois Audis, um Honda, um Camaro e um Porsche – e também uma moto, foram apreendidos.
A polícia encontrou também 39 armas, a maioria delas com um armeiro conhecido por fazer reparos em armamentos, mas que estava com armas irregulares. Ainda, em dinheiro, foram apreendidos ao todo R$ 120 mil. As investigações apontam que os carros e imóveis eram usados para canalizar os valores obtidos ilegalmente com o tráfico de drogas.
Durante a operação, que contou com mais de 40 mandados judiciais, houve um confronto em Piraquara e um suspeito morreu. O indivíduo, que tinha passagens criminais e era suspeito de participação em associação criminosa, reagiu à abordagem dos policiais e acabou baleado.
Morte de Ricardo Marodin
Ricardo Marodin foi assassinado a tiros no final da festa de aniversário do filho, que estava sendo realizado em um buffet infantil em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Quatro suspeitos fortemente armados chegaram em um carro modelo Voyage prata, surpreenderam Marodin – que segundo Camila estava do lado de fora guardando coisas no carro – e fizeram diversos disparos contra a vítima. Marodin não resistiu aos ferimentos e morreu no local, no dia 7 de novembro.
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Na manhã do dia 10 de novembro, dois homens, Thiago Cesar Carvalho, que era ex-policial militar, e Guilherme Antônio da Costa, foram mortos a tiros e estavam em um carro do mesmo modelo e cor do veículo usado no assassinato de Marodin, um Voyage prata. O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Tito Barichello, afirmou que os crimes podem ter relação, já que as vítimas Ricardo e Thiago se conheciam.
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