Moradores do conjunto Madre Teresa de Calcutá, localizado em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, têm enfrentado no dia a dia um descaso por parte do poder público. Isso porque, desde 2013, o local se tornou um verdadeiro lixão a céu aberto devido ao descarte irregular de restos de obras, de imóveis usados e até mesmo, de animais mortos de moradores da redondeza.
Relembre
O Piraquarense em 25/12/2020 População de bairro Piraquarense refém do medo
O Piraquarense em 22/01/2021 Você pode jogar o lixo na frente de minha casa?
Hoje assista a Reportagem do Balanço Geral
-
Diante da situação, a equipe do Balanço Geral da RIC Record TV foi até o conjunto e se deparou com um cenário de riscos eminentes, principalmente, em relação a saúde e a qualidade de vida das 694 famílias que habitam na comunidade.
“[Sobre a prefeitura], eles passam pedindo que coloquemos o lixo e os entulhos pra fora. A gente já ficou esperando e eles não passaram” comenta o morador Cléber Terres.
Para a dona de casa Geci dos Santos, moradora do conjunto, com a grande quantia de lixo nas ciclovias e nas esquinas do local, muitos animais indesejados passaram a frequentar a casa dos moradores. Vivendo com seus dois netos, ela conta que todo dia precisa limpar os armários, pois ratos grandes entram e furam os pacotes de comida.
“O que me da medo é que eu tenho criança aqui dentro de casa. Eu tenho dois neto que moram comigo e eu tenho que todo dia tirar as coisas do armário para limpar. Fora a louça, que tem que lavar toda hora que for usar”.
Diferente do que a prefeitura alega, a líder da comunidade, Célia Silva, garante que os entulhos não são dos residentes da comunidade, mas sim de pessoas de fora que vão até o lugar para “descartar o que é inútil para eles”.
Versão da prefeitura
De acordo com a nota encaminhada ao Grupo RIC, a prefeitura afirma que há 90 dias funcionários estiveram no local com 16 caminhões para tirar os lixos e que tem analisado futuras ações para a comunidade. Apesar da afirmação, os moradores garantem que nem dois caminhões estiveram no local e que a prefeitura insiste em acreditar que o lixo acumulado pertence a eles.
RIC mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opnião