Conversas por chamadas de vídeo, que duram cerca de meia hora e são acompanhadas por agentes penitenciários, aproximam detentas das famílias que moram longe e não conseguem visitá-las.
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Presas da Penitenciária Feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, estão recebendo "visitas virtuais" de familiares por meio de um projeto piloto do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).
As conversas por chamadas de vídeo, que duram cerca de meia hora e são acompanhadas por agentes penitenciários, aproximam detentas das famílias que moram longe e não conseguem visitá-las.
Fabiana Lopes estava há sete anos sem ver alguém da família e sequer conhecia os dois netos. Mesmo por uma tela, a emoção foi inevitável. "Eu estou amando ver minha mãe", disse a filha, que estava com os netos de Fabiana ao lado.
Ela foi condenada a 18 anos de prisão por tráfico de drogas e nunca recebeu uma visita na cadeia.
A penitenciária tem 380 presas. Sete a cada dez não recebe visitas porque não há procura por parte das famílias, segundo a direção.
"A gente acredita que essas pessoas terão um complemento que é a esperança, que motiva a pessoa a cada dia ser melhor aqui para sair novamente ao encontro da família na busca da ressocialização", afirma o secretário de Administração Penitenciária, Élio de Oliveira Manoel.
Fabiana está prestes a sair da prisão. "Foi um caminho errado que eu tomei. Já paguei e agora quero ficar com minha família", diz.
Foi numa dessas visitas que Suzamar da Cunha, condenada a 22 anos de prisão por latrocínio, conheceu o neto que nasceu há poucos dias. "Isso me renovou, me fortaleceu aqui dentro", conta.
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