Na última sexta-feira (20), os dois cavalos do Centro de Pesquisa e Produção de Imunobiológicos (CPPI), que haviam sido roubados no dia 17, foram recuperados. Os animais estavam amarrados em uma área de matagal no bairro Veisópolis, em Pinhais, na Grande Curitiba.
Os bichos são fundamentais para a produção do soro contra o veneno da aranha-marrom. O veterinário do CPPI, João Minozzo, explica como o antídoto é produzido.
“Esse veneno é injetado no cavalo e o cavalo produz o anti-veneno. Então nós coletamos o sangue do cavalo e filtramos o soro. No mundo inteiro é produzido assim”, afirmou.
A partir do plasma do sangue desses dois cavalos, são produzidas ampolas de soro suficientes para atender a 120 pacientes por ano. “Nós temos um lote de 30 cavalos que produz o soro. Esses dois cavalos fazem parte desses cavalos. Cada um produz cerca de 600 frascos por ano. Então sem eles deixaríamos de produzir em torno de 1.200 frascos de soro por ano”, explicou.
De acordo com o veterinário, o CPPI é o único do país a produzir o antídoto. “Só nós produzimos esse soro, por isso a importância de manter essa produção, esses animais”, destacou.
O centro de pesquisa fica em Piraquara, também na região metropolitana, e é vinculado à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Por Lucian Pichetti - CBN Curitiba 23 de julho de 2018, 20:12
Fonte: Paraná Portal
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